Como proteger as crianças dos riscos do verão
Desidratação
A desidratação é um dos problemas mais comuns no verão, especialmente entre as crianças, que perdem mais líquidos do que os adultos por meio do suor, da respiração e da urina. A desidratação pode causar sintomas como sede, boca seca, pele seca, olhos fundos, diminuição da elasticidade da pele, dor de cabeça, tontura, cansaço, irritabilidade e diminuição da urina.
Para evitar a desidratação, é fundamental oferecer água às crianças com frequência, mesmo que elas não peçam. Além disso, é recomendável oferecer sucos naturais, água de coco, chás gelados e frutas ricas em água, como melancia, melão, abacaxi e laranja. Evite bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos artificiais, que podem aumentar a perda de líquidos.
Se a criança apresentar sinais de desidratação, procure um serviço de saúde imediatamente. Em casos leves, pode-se oferecer soro caseiro (uma colher de chá de açúcar e uma pitada de sal em um copo de água filtrada) ou soro de reidratação oral, que pode ser encontrado em farmácias. Em casos graves, pode ser necessária a internação e a hidratação intravenosa.
Queimaduras solares
Para prevenir as queimaduras solares, é essencial usar protetor solar adequado para o tipo de pele da criança, com fator de proteção solar (FPS) de no mínimo 30 e que ofereça proteção contra os raios UVA e UVB. O protetor solar deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas ou sempre que a criança se molhar ou suar. Além disso, é importante evitar a exposição ao sol entre as 10h e as 16h, quando os raios UV são mais intensos, e usar acessórios de proteção, como chapéu, boné, óculos de sol e roupas leves e claras.
Se a criança sofrer uma queimadura solar, aplique compressas frias ou água termal na área afetada, use cremes ou loções hidratantes à base de aloe vera ou camomila e ofereça bastante líquido à criança. Evite usar produtos que contenham álcool, perfume ou corante, que podem irritar a pele. Se a queimadura for grave, com bolhas, febre ou infecção, procure um médico.
Intoxicação alimentar
A intoxicação alimentar é uma infecção ou inflamação do sistema digestivo causada pela ingestão de alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas ou toxinas. A intoxicação alimentar pode causar sintomas como náusea, vômito, diarreia, cólica, febre, mal-estar e desidratação.
Para prevenir a intoxicação alimentar, é preciso ter cuidado com a higiene, o armazenamento e o preparo dos alimentos, especialmente no verão, quando o calor favorece a proliferação de micro-organismos. Evite consumir alimentos crus, mal cozidos ou que estejam fora da geladeira por muito tempo, como maionese, ovos, carnes, frutos do mar, saladas e frutas cortadas. Prefira alimentos frescos, bem cozidos e conservados em temperatura adequada. Lave bem as mãos antes de manipular os alimentos e de se alimentar, e lave bem as frutas, as verduras e os utensílios de cozinha.
Se a criança apresentar sintomas de intoxicação alimentar, ofereça líquidos em pequenas quantidades e com frequência, para evitar a desidratação. Evite dar alimentos sólidos, gordurosos, condimentados ou açucarados, que podem piorar o quadro. Ofereça alimentos leves, como arroz, macarrão, batata, cenoura, banana, maçã e torrada. Se os sintomas persistirem por mais de 24 horas, se houver sangue nas fezes ou vômito, ou se a criança apresentar sinais de desidratação, procure um médico.
Outros cuidados
- Proteger-se contra as picadas de insetos, que podem transmitir doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Use repelentes adequados para a idade da criança, de acordo com a orientação do pediatra, e evite locais com água parada, lixo ou vegetação densa.
- Cuidar da segurança na água, seja na piscina ou no mar. Nunca deixe a criança sozinha ou sem supervisão de um adulto, use coletes salva-vidas ou boias apropriadas, respeite as placas de sinalização e evite locais com correnteza, ondas fortes ou profundidade desconhecida.
- Manter a vacinação em dia, para prevenir doenças como sarampo, caxumba, rubéola, meningite, hepatite e tétano, que podem ser mais frequentes no verão, devido ao maior contato entre as pessoas.
- Consultar o pediatra regularmente, para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da criança, tirar dúvidas e receber orientações específicas para cada caso.
Com esses cuidados, você pode garantir que o seu filho aproveite o verão com saúde, alegria e segurança. Gostou deste artigo? Então, compartilhe com os seus amigos nas redes sociais e ajude a disseminar essas informações importantes!
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